terça-feira, 22 de julho de 2008

Aplicação de estudos de caso para os diretores e coordenadores de escolas como atividade do curso de capacitação em alimentação e nutrição

No mês de junho, foram realizadas visitas às quatro escolas para aplicação de novos estudos de caso com os diretores e coordenadores referentes aos assuntos abordados na terceira aula de curso e suas realidades.
Os estudos foram respondidos por 7 participantes e somente uma escola tentou entrar em contato com o SUS e o CAE. Os participantes, de maneira geral, acham importante a presença do conselheiro na escola se for para melhoria e crescimento, mas não souberam destacar ao certo as funções do mesmo.
A escola pública da zona urbana não acha interessante que a merendeira altere o cardápio, mesmo que seja para melhorar o sabor, se acaba faltando alimentos no final do mês. Acham importante informar a nutricionista, mas primeiro a escola tentaria resolver sozinha e depois levaria isso à Secretaria. Acreditam que o horário fixo do merendeiro deve ser cumprido para não haver sobrecarga de funcionário ou variação de lanches entre um turno e outro. As respostas das outras escolas foi semelhante. Sobre a avaliação de crianças que entram e saem da escola eles afirmam que é uma característica da escola e que não têm controle com quem sai, sendo correto entrar em contato com a família e fazer com que ela procure o centro de saúde. Já as crianças que entram na escola eles acham que vale a pena buscar esse acompanhamento.
Em uma escola pública da zona rural é normal acontecer alteração da merenda pela falta de alguns alimentos, e eles informam a nutricionista sempre. Os professores comem da merenda dos alunos por ser uma escola distante de outro ponto onde a refeição pudesse ser feita. Eles acham importante os professores comerem com os alunos, mas já procuraram resolver essa questão, os professores levam dinheiro para comprar alimentos pro seu almoço ou levam de casa. Acham importante conversar com os pais sobre a alimentação das crianças e sobre as frutas e hortaliças da época que ficam mais baratas. Sobre a saída de alunos da escola, eles relataram que se o aluno estiver com sobrepeso ou baixo peso é importante falar com os pais que o filho foi avaliado e que se ele puder, deve procurar um médico para orientá-lo.
Na outra escola de zona rural foi relatado que a merendeira não deve modificar o lanche porque tudo já vem controlado da Secretaria da Educação e que se ocorrer, a nutricionista deve ser avisada. Sobre o SUS fazer a avaliação das crianças, eles disseram que agora que sabem dessa possibilidade irão atrás.
A escola particular relatou que a avaliação das crianças está sendo feita na aula de educação física e não referiu o SUS como opção. Eles disseram que não deve acontecer de funcionários da cantina trabalharem sem uniformização e sem controle higiênico-sanitário adequado, que os supervisores devem acompanhar o funcionamento da cantina e que ao terem ciência de algo assim devem tomar providências. Falaram que um alimento sem higiene deixa de ser saudável e que a responsabilidade é do diretor, mas também de todos os funcionários. Sobre a hipótese de um pai de aluno vender lanches não saudáveis na escola para ajudar no pagamento da formatura do filho, eles colocaram que não pode ocorrer porque há um contrato com a cantina e por ir contra o discurso saudável que a escola assumiu, prejudicando assim o andamento do projeto.
Com esses estudos de caso pudemos continuar avaliando a absorção das informações do curso pelos participantes, além de descobrirmos novos pontos que devem ser enfatizados na educação permanente.

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