Na escola pública urbana dentre as dificuldades iniciais foi relatado que a pessoa que participou do curso para donos de cantinas não é quem está no momento na escola, e que isso trazia uma barreira, mas que no momento, após o curso para merendeiras e funcionários de cantina, a cantina já apresenta mudanças: irá vender salada de frutas, sanduíche natural e sucos de polpa. Outro sucesso foi um evento realizado junto à família, que é bastante participativa nessa escola, com gincana e arrecadação de frutas e verduras para o dia da fruta e o dia da torta. Ao substituir uma professora, a coordenadora disse ter visto bem mais frutas e menos salgadinhos e refrigerantes nas lancheiras dos alunos da 1ª série.
Quanto ao curso dos professores, a coordenadora afirmou que elas amaram e que superou as expectativas. Enfatizaram que não é um trabalho a curto prazo e que isso tudo é um início, e que as atividades precisam ser constantes. Dificuldade de conciliar as atividade devido a grande demanda da Regional também foi referida por eles.
Quanto às escolas rurais, a realidade é outra. Em uma os professores encontram-se desmotivados com o curso, os pais não participam e o Projeto é visto como distante da realidade dos alunos, além de pedir muitas ações em curto período, de forma que a escola não está conseguindo realizá-las no momento. O diretor, apoiado por todos os participantes, não considera saudável a alimentação oferecida e coloca a necessidade de mais nutricionistas atuando nessa área. Para melhorar a qualidade da merenda a escola possui um projeto de horta, pretendem começar a preparação da terra para sua implantação, mas estão com dificuldade em encontrar uma pessoa para isso. Os demais participantes fizeram sugestões.
A segunda escola rural também está trabalhando em relação à horta e recebe o apoio dos pais dos alunos, mas destacam que essa participação e presença era muito maior antes da mudança de endereço. Dificuldades também foram relatadas como a falta de autonomia da escola para melhorar a merenda e a desmotivação dos professores devido à distância do local do curso, mas a direção continua empenhada para a realização do projeto e enfatiza que o processo é lento mas necessário já que “Quem tem fome não aprende”.
A escola particular apresenta uma realidade bem diferente, porém com suas limitações também. A principal barreira é a falta de participação e apoio dos pais. “A nossa dificuldade é a seguinte: as pessoas têm consciência, sabem o tanto que é importante uma alimentação saudável mas a gente pára na questão do tempo. Nosso maior problema é o tempo e conscientizar os pais na prática”. Quanto aos pontos positivos já percebidos na escola estão a cantina comercial que se adaptou à alimentação saudável, atividades realizadas com os alunos como confecção de cartazes, mostras de filmes e uso de cozinha experimental para preparação de saladas. Hoje, a vergonha dos alunos em levar frutas para o lanche não é mais um empecilho para a mudança de hábitos.
No segundo momento, houve apresentação das nutricionistas do projeto sobre o PNAE e o SUS. A participação do grupo foi a mais intensa dos 3 dias, diretores, vices e coordenadores discutiram a realidade, sugeriram idéias para os problemas gerais e de outras escolas e demonstraram bom conhecimento dos assuntos explorados nas aulas anteriores.
A próxima aula será no dia 25 de junho.
Até logo.